SindusCon-SP debateu apagão da mão de obra e futuro da construção em 26 de agosto

Coordenador do GTRH do CTQ, David Fratel participou de painel

O Coordenador do Grupo de Trabalho de Recursos Humanos (GTRH) do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ), e diretor do Grupo Kallas, David Fratel, participou, em 26 de agosto, do painel “Apagão da mão de obra e futuro da construção” exposto na Convenção Secovi-SP 2024.

Ao abordar a crise da mão de obra, Fratel relatou as questões envolvendo envelhecimento da mão de obra, atratividade e renovação da força de trabalho, inovação, novas tecnologias de construção e industrialização e qualificação e capacitação.

“Nos últimos anos, a construção civil no Brasil tem enfrentado um desafio crescente: o envelhecimento da sua força de trabalho. De 2016 a 2024, a idade média dos trabalhadores no setor aumentou de 38 para 41 anos. Este aumento reflete uma tendência preocupante de falta de renovação da mão de obra e o desinteresse da geração mais jovem pelo setor”.

De acordo com Fratel, trata-se de uma tendência mundial a escassez de mão de obra nas mais diversas indústrias. “Para a construção civil não é diferente: a mão de obra está envelhecendo em proporções gritantes, conforme mostram das pesquisas já publicadas pelo SindusCon-SP. Em paralelo, vê-se o envelhecimento da população brasileira, com a tendência inédita de redução da população no horizonte de 25 a 30 anos, como publicou o IBGE na semana passada”, afirmou.

“Por outro lado, e apesar de acumularmos quase 10 milhões de jovens que não estudam nem trabalham, não conseguimos atrair esses jovens da Geração Z para que se juntem ao setor. Esse jovem é multidisciplinar, simpático a boa comunicação e transparência, quer participar de atividades colaborativas, precisam ter como mentores os verdadeiros líderes, precisa ser visto e respeitado, fascinado pela inovação e visão de futuro. Ou seja, esse jovem precisa enxergar que a indústria está em visível transformação. E de fato, é impossível atrair esse jovem se ele não enxergar que a Construção Civil está mudando para acolhê-lo”, afirmou o coordenador do GTRH.

Para Fratel, a industrialização dos processos construtivos é outro vetor de extrema importância mas traz alguns desafios: qualificar e capacitar mão de obra para esse novo cenário, investir e melhorar o nível de planejamento na construção, difusão da construção industrializada, reforma tributária justa e equilibrada para o setor, soluções inteligentes para vencer a logística confusa das grandes cidades, racionalização de custos de importação, difusão e implementação de projetos padronizados e modulares, bem como o desenvolvimento de políticas públicas que incentivem a construção de moradias.

No painel, também foram expostas as várias ações do SindusCon-SP em relação a necessidade de qualificação e capacitação. Convênios já firmados com o SENAI e Instituto Mauá de Tecnologia são evidências mais que objetivas.

Carlos Alberto de Moraes Borges, vice-presidente de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP foi o moderador do debate, que também contou com a participação de Daniel Gispert, presidente da SteelCorp.

 

Fonte: Sinduscon-SP – Por Daniela Barbará – 28/08/2024

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