Pressão altista dos preços dos materiais vem se somar, portanto, à da elevação dos custos com mão de obra
Em julho, o INCC-DI registrou variação mensal de 0,72%, taxa muito próxima da registrada no mês anterior, de 0,71%. No entanto, houve uma mudança importante na dinâmica dos custos: o componente Materiais e Equipamentos registrou aceleração bastante significativa ao passar de 0,38% para 0,71%. Enquanto a mão de obra recuou de 1,23% para 0,74%. Para a alta mensal, as maiores contribuições vieram dos Tubos e Conexões de PVC, dos Vergalhões e dos Eletrodutos de PVC.
Em 12 meses, o INCC-DI acumula variação de 4,67%, a maior taxa desde maio do ano passado. Nessa comparação, o componente Mão de Obra é o que apresenta maior elevação, com 7,52% contra 2,56% da cesta de Materiais e Equipamentos.
Em todas as capitais que compõem o INCC, a taxa acumulada em 12 meses da Mão de Obra supera a taxa da cesta de Materiais, refletindo o aquecimento do mercado de trabalho no âmbito nacional.
A cidade de São Paulo está entre as três – junto com Rio de Janeiro e Belo Horizonte – com variação acumulada acima da média nacional.
O ICC-DI SP tem variação acumulada em 12 meses de 4,99%. Vale notar que desde janeiro, o índice da construção de São Paulo, nessa comparação, supera a média nacional.
Em São Paulo, além da mão de obra, os Blocos de Concreto e os Condutores elétricos despontam como as maiores influências no resultado em 12 meses. Vale notar que o aço está entre as principais influências negativas, mas no resultado mensal houve uma aceleração da alta dos preços do material, que pelo seu peso na composição do índice, influenciou o resultado da taxa mensal.
A pressão altista dos preços dos materiais vem se somar, portanto, à da elevação dos custos com mão de obra representando um grande desafio para o setor em um momento de crescimento da atividade e alta escassez de mão de obra.
Na cidade de São Paulo, as vendas de imóveis novos têm registrado seguidos recordes, sinalizando a continuidade do ciclo e a sustentação da demanda aquecida por mão de obra e materiais.
Confira a íntegra da análise elaborada exclusivamente para o SindusCon-SP pelo FGV/Ibre aqui.
Fonte: Sinduscon-SP – Por Daniela Barbará – 19/08/2024