Os economistas do mercado reduziram sua estimativa para a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017 e nos próximos 12 meses, segundo as medianas das projeções contempladas no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC).

Para este ano, as apostas para a inflação foram reduzidas de 3,03% para  2,88%, abaixo do piso da meta para o calendário, de 3%. O centro da meta de inflação é 4,5%. Em 12 meses, a projeção para o avanço do IPCA passou de 3,96% para 3,91%. Para 2018, a estimativa foi mantida em 4,02% de aumento.

Entre os economistas que mais acertam as projeções, grupo chamado de Top 5, a mediana de médio prazo para o aumento do IPCA de 2017 passou de 3,09% para 2,78%; no caso de 2018, porém, foi de 4,00% para 4,04%. Na sexta-feira passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA desacelerou a alta para 0,28% em novembro, após marcar elevação de 0,42% um mês antes.

As medianas das estimativas para o crescimento da economia tiveram uma nova rodada de ajustes para cima após o IBGE ter revisado positivamente os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos primeiro e segundo trimestres deste ano. Assim, no Focus, as projeções passaram de expansão de 0,89% para 0,91% em 2017 e de avanço de 2,60% para 2,62% em 2018.

Para a taxa básica de juros, Selic, no fim de 2018, as projeções foram mantidas em 7% pelos economistas em geral e 6,50% pelos Top 5.


Fonte: Valor - Macroeconomia, por Felipe Frisch , 11/12/2017