O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou queda de 0,38% em agosto, no dado dessazonalizado, após aumento de 0,36% em julho (dado revisado hoje de elevação de 0,41%).

A queda foi mais forte do que a média das estimativas coletadas pelo Valor Data, de retração de 0,23%, num universo de 21 projeções feitas por instituições financeiras, que iam de queda de 0,7% a expansão de 0,1%.

No ano, o IBC-Br encontra-se no terreno positivo, com alta acumulada de 0,31% sem ajuste sazonal e elevação de 0,42% na série com ajuste. Nos 12 meses encerrados em agosto, há ainda retração, de 1,08% na série sem ajuste sazonal, e de 0,89% no dado ajustado.

Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal. Em comparação com julho de 2016, o índice tem alta de 1,64% na série sem ajuste sazonal e aumento de 1,46% com ajuste.

Na média móvel trimestral, indicador utilizado para captar tendência, o IBC-Br avançou 1,05% na série sem ajuste e 0,14% considerando o ajuste.

Embora seja anunciado como ?PIB do BC?, o IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

Fonte: Valor - Macroeconomia, por Alex Ribeiro, 18/10/2017