Entre as tipologias, a trajetória de valorização é inversamente proporcional à tendência de lançamentos. De acordo com a pesquisa da Coelho da Fonseca, os imóveis que mais se valorizaram são os de quatro ou mais dormitórios, com alta de 22% na comparação dos imóveis vendidos em 2012 e 2013. Na outra ponta, as unidades residenciais com a menor apreciação entre esses anos foram as de um dormitório, com aumento de 9%.

Os compactos tiveram um ano como poucos no mercado de imóveis novos. Com 9.261 produtos colocados à venda nos estandes, eles cresceram 92,94% em 2013 em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). Por outro lado, as unidades amplas, com quatro ou mais dormitórios, somaram 2.172 bens, o que representa queda de 23,25% ante 2012.

“O mercado não está lançando empreendimentos nas metragens maiores, por isso os usados estão se valorizando”, diz o diretor geral de terceiros da Coelho da Fonseca, Fernando Sita.” Em outros termos, os compradores de imóveis grandes não encontram muitas opções em edifícios novos.

Para as residências minimalistas, a razão para a valorização mais amena seria a concorrência com os empreendimentos modernos, com muito mais infraestrutura de lazer, facilidades como as lavanderias coletivas e valet, além de um apelo estético diferenciado. “As pessoas estão preferindo os apartamentos menores novos por causa da estrutura dos prédios.”

Tendência. A menor alta de preços não indica um mau momento para as unidades compactas, no entanto. Segundo o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, a maior parte da procura e das vendas de unidades está concentrada no segmento compacto e nos apartamentos com até três dormitórios. “A liquidez é um fator importante porque, quanto mais rápido ele vende, maior tende ser a valorização. É a lei da oferta e da procura.”


Fonte: Estadão, 03/02/2014