Com obras paralisadas há cerca de um ano e quatro meses, a UBS (Unidade Básica de Saúde) Campanário, localizada na esquina da Rua Epiceia com a Avenida Sinésio Pereira, em Diadema, segue sem data para ser entregue à população.

Depois de não cumprir a promessa de que a construção do prédio seria retomada em novembro, a Prefeitura alega necessidade de elaboração de outro projeto estrutural para o espaço.

A má notícia para os moradores soma-se à crise na rede de Saúde do município. Desde que o prefeito Lauro Michels (PV) assumiu a Prefeitura, em 1° de janeiro do ano passado, 85 médicos pediram exoneração, o que equivale a demissão de um médico a cada quatro dias e meio.

O projeto de construção do Complexo Campanário – que também inclui escola de Educação Infantil já entregue – começou a sair do papel em agosto de 2008 e é de responsabilidade da empresa Ematec Engenharia. Placa instalada dentro da obra inacabada indica que a UBS deveria ter sido entregue até 20 de dezembro, com custo de R$ 2,1 milhões.

O terreno se tornou ponto de preocupação para os vizinhos, devido ao entulho acumulado, água parada e até mesmo abrigo para usuários de drogas. O Diário já denunciou a paralisação da obra, que é feita com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) outras vezes. A última foi em dezembro. De lá para cá não houve mudança no cenário. “Já estamos perdendo a esperança de que essa obra seja concluída”, diz o funcionário de fundição aposentado João Ramalho, 72 anos, que reside no bairro há 40. Ele destaca ainda que a UBS substituirá a unidade do Jardim Maria Tereza, que é pequena para atender à população do Campanário e jardins Amália e Santa Terezinha.

A administração municipal informou que realizou estudo do projeto da obra da UBS Campanário e que a Secretaria de Serviços e Obras constatou problemas de ordem estrutural e, por isso, elabora outro projeto. Sem dar prazos, a Prefeitura destacou que só poderá estabelecer retorno da obra após término desta fase.


Fonte: Diário do grande ABC, 17/01/2014