o presidente do BNDES.Joaquim Levy, disse nesta terça-feira (8) que os focos de sua çestão serão empresas de media porte, setor de tecnologia e infraestrutura, ajudando o governo a modelar projetos e a financiá-los em parceria como setor financeiro privado. Em discurso durante cerimônia na sede do banco, Levy disse que o apoio a empresas de médio porte ajuda a udemocratizar" o crédito e, consequentemente, a economia. Segundo ele, a ideia é ajustar processos e linhas de financiamento para atender a esse segmento.
"Não há páis com livre iniciativa forte que não tenha empresas médias fortes. Uma vulnerabilidade do Brasil é agente não ter um setor com empresas médias com capacidade de crescer, criar empregos e incorporar novas tecnologias".
Ele reforçou, porém, que o BNDES precisará reorganizar seu balanço para se adequar a um cenário de menor disponibilidade de recursos do Tesouro. Nesse sentido, deve reduzir o volume de ações hoje na carteira da BNDESPar.
Além da impossibilidade de novas captações com o Tesouro, o banco terá de devolver recursos emprestados durante o governo Dilma Rousseff (PT), do qual Levy foi ministro da Fazenda.
Neste ano, estão previstos novos R$ 26 bilhões, mas a área econômica gostaria de receber mais.
O volume final ainda será definido, disse Levy, de acordo com projeções de crescimento da economia e da reorganização do balanço. Levy afirmou que o banco quer aprofundar parcerias com governos federal e estaduais na modelagem de privatizações e concessões de infraestrutura. O principal desafio no setor, afirmou, é desenvolver um fluxo de projetos "sólido e eficiente", para aumentar a competitividade.
Ele citou o papel do banco no proces.50 de privatização dos anos 1990 como exempio de como a instituição pode contribuir com o PPI (Programa de Parcerias de investimentos), criado pelo governo MichelTemer(MDB) emantido por Jair Bolsonaro. Nomeado pelo presidente com a missão de "abrir a caixa-preta" do BNDES, ele pro· meteu maior transparência na divulgação de informações e dis.5e que contratos de gestões anteriores serão avaliados. "A gente não vai ficar só olhando para o passado, mas a gente tem de ter clareza em relação ao passado", afirmou.
Fonte: Folha de São Paulo, Por Nicola Pamplona - do Rio de Janeiro, 09/01/2019