Incentivos para fundos de pensão investirem em habitação é alternativa para complementar caderneta de poupança e FGTS
Em função da demanda, o mercado imobiliário vem registrando resultados consistentes. Na cidade de São Paulo, no acumulado de 12 meses (setembro a agosto), as vendas e os lançamentos de unidades residenciais registraram, respectivamente, crescimento de 26% e de 28% em relação ao período anterior. Índices positivos também foram registrados em âmbito nacional, fato justificado pela existência de um déficit habitacional estimado em 7 milhões de moradias, o que também explica o volume médio de três mil contratos de financiamento de imóveis fechados por dia pela Caixa Econômica Federal.
Ocorre que a manutenção de tal cenário, vital para atender a população, depende da oferta de crédito imobiliário para a aquisição e a produção de moradias. Por esta razão, o Secovi-SP tem apresentado propostas para reforçar o funding de recursos e, assim, complementar a caderneta de poupança e o FGTS, que seguem imprescindíveis para viabilizar o acesso à casa própria.
Uma delas, e que começa a ser considerada pela Caixa e pelo Ministério da Fazenda, é atrair os fundos de pensão para investimentos em habitação, por meio da criação de fundos de investimento imobiliário (FIIs) customizados para as entidades de previdência.
O perfil de longo prazo dos fundos de pensão se alinha com setor imobiliário. Em vários países, a alocação desses fundos em ativos imobiliários varia entre 10% e 25%, enquanto no Brasil o patamar está em 3% há vários anos. Há espaço para crescer.
Fonte: Secovi-SP – Por Comunicação – 23/10/2024