Confira o valor do metro quadrado da construção com base nos dados do SINAPI

Segundo o SINAPI, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), valor do metro quadrado da construção em novembro variou 0,24%

O valor do metro quadrado da construção hoje está em R$ 1.786,82. Desse total, R$ 1.031,57 são relativos aos materiais e a parcela da mão de obra corresponde a R$ 755,25. Os dados fazem parte da atualização de dezembro do SINAPI — aferido pelo IBGE em conjunto com a Caixa Econômica Federal.

O indicador teve variação de 0,24% em novembro — o que representa uma queda de 0,29 ponto percentual frente a outubro (0,53%). A título de comparação, em novembro do ano passado, a alta foi de 0,08%.

Com a atualização mais recente, o acumulado dos últimos 12 meses do valor do metro quadrado da construção foi para 4,03% — percentual acima dos 3,86% observados nos 12 meses anteriores.

Confira, na tabela e gráfico abaixo, como o SINAPI variou nos últimos meses.

Data Valor do metro quadrado Variação mensal Acumulado 12 meses
Novembro 2024 R$ 1.786,82 0,24% 4,03%
Outubro 2024 R$ 1.782,51 0,53% 3,86%
Setembro 2024 R$ 1.773,20 0,35% 3,46%
Agosto 2024 R$ 1.767,09 0,63% 3,12%
Julho 2024 R$ 1.756,01 0,40% 2,66%
Junho 2024 R$ 1.748,99 0,56% 2,49%
Maio 2024 R$ 1.739,26 0,17% 2,31%
Abril 2024 R$ 1.736,37 0,41% 2,51%
Março 2024 R$ 1.729,25 0,07% 2,36%
Fevereiro 2024 R$ 1.728,11 0,15% 2,50%
Janeiro 2024 R$ 1.725,52 0,19% 2,43%
Dezembro 2023 R$ 1.722,19 0,26% 2,55%
Novembro 2023 R$ 1.717,71 0,08% 2,36%
Gráfico demonstrando a variação do preço do metro quadrado da construção.
Gráfico demonstrando a variação do acumulado em 12 meses do preço do metro quadrado da construção.

Custo da mão de obra

O custo da mão de obra no preço do metro quadrado da construção é R$ 755,25. Sem acordos coletivos firmados em novembro, o valor subiu 0,01% na comparação com outubro. O acumulado dos últimos 12 meses está em 5,09%.

Confira como o custo da mão de obra variou nos últimos meses.

Data Custo da mão de obra Variação mensal Acumulado 12 meses
Novembro 2024 R$ 755,25 0,01% 5,09%
Outubro 2024 R$ 755,19 0,16% 5,16%
Setembro 2024 R$ 753,95 0,16% 5,32%
Agosto 2024 R$ 752,78 0,81% 5,53%
Julho 2024 R$ 746,70 0,53% 5,35%
Junho 2024 R$ 742,74 1,40% 5,35%
Maio 2024 R$ 732,46 0,44% 5,31%
Abril 2024 R$ 729,07 0,83% 6,12%
Março 2024 R$ 723,06 -0,02% 5,30%
Fevereiro 2024 R$ 723,19 0,13% 5,75%
Janeiro 2024 R$ 722,26 0,14% 5,65%
Dezembro 2023 R$ 720,30 0,24% 6,22%
Novembro 2023 R$ 718,56 0,08% 6,05%
Gráfico demonstrando a variação do custo da mão de obra no preço do metro quadrado da construção.
Gráfico demonstrando a variação do acumulado em 12 meses do custo da mão de obra no preço do metro quadrado da construção.

Custo dos materiais de construção

Já em relação aos materiais de construção, o custo em dezembro é R$ 1.031,57. A variação registrada pelo SINAPI em novembro foi de 0,41%, sendo essa a quarta maior de 2024. Considerando o índice de novembro de 2023 (0,08%), houve alta de 0,33 ponto percentual. O resultado acumulado dos últimos 12 meses ficou em 3,25%.

Confira como o custo dos materiais variou nos últimos 12 meses.

Data Custo dos materiais Variação mensal Acumulado 12 meses
Novembro 2024 R$ 1.031,57 0,41% 3,25%
Outubro 2024 R$ 1.027,32 0,79% 2,91%
Setembro 2024 R$ 1.019,25 0,49% 2,13%
Agosto 2024 R$ 1.014,31 0,50% 1,41%
Julho 2024 R$ 1.009,31 0,30% 0,76%
Junho 2024 R$ 1.006,25 -0,05% 0,47%
Maio 2024 R$ 1.006,80 -0,05% 0,24%
Abril 2024 R$ 1.007,30 0,11% 0,05%
Março 2024 R$ 1.006,19 0,13% 0,36%
Fevereiro 2024 R$ 1.004,92 0,17% 0,30%
Janeiro 2024 R$ 1.003,26 0,14% 0,23%
Dezembro 2023 R$ 1.001,89 0,27% 0,06%
Novembro 2023 R$ 999,15 0,08% -0,14%
Gráfico demonstrando a variação do custo dos materiais no preço do metro quadrado da construção.
Gráfico demonstrando a variação do acumulado em 12 meses do custo dos materiais no preço do metro quadrado da construção.

Valor do metro quadrado por região

De acordo com o SINAPI, a região Sudeste apresentou a maior variação em novembro (0,30%).

Na sequência, aparecem Sul (0,26%), Nordeste (0,22%), Norte (0,16%) e Centro-Oeste (0,10%).

Quando analisados os números de cada estado, o Espírito Santo se destacou no mês passado, com alta de 0,68%.

Veja os detalhes nas tabelas:

SINAPI em novembro de 2024 com desoneração da folha de pagamento

Áreas Geográficas
Custos Médios
Números Índices
Variações Percentuais
R$/m² Jun/94=100 Mensal No ano 12 meses
Brasil 1786,82 894,44 0,24 3,76 4,03
Região Norte
1852,56 923,04 0,16 4,52 4,85
Rondônia 1983,25 1105,83 0,63 8,77 9,06
Acre 1963,94 1042,17 0,40 4,70 4,76
Amazonas 1825,28 893,40 0,06 1,79 2,18
Roraima 1987,66 825,51 0,40 6,12 7,09
Pará 1821,75 873,53 0,09 5,15 5,53
Amapá 1779,71 864,41 0,29 4,89 4,79
Tocantins 1883,32 990,23 -0,16 4,29 4,33
Região Nordeste 1661,51 897,57 0,22 3,92 4,14
Maranhão 1731,30 912,32 0,21 4,68 5,05
Piauí 1663,61 1105,65 0,40 3,02 5,54
Ceará 1662,95 960,65 0,06 5,14 5,33
Rio Grande do Norte 1685,06 849,38 0,44 4,14 4,56
Paraíba 1724,84 953,88 0,49 4,45 4,52
Pernambuco 1600,23 855,45 0,21 1,96 1,89
Alagoas 1605,19 801,76 0,51 2,66 2,70
Sergipe 1592,84 846,30 0,04 4,13 4,66
Bahia 1660,01 878,75 0,17 4,12 4,03
Região Sudeste 1833,32 877,58 0,30 3,91 4,06
Minas Gerais 1684,62 927,02 0,53 4,51 4,56
Espírito Santo 1626,78 902,61 0,68 3,06 2,93
Rio de Janeiro 1968,41 897,17 0,11 3,92 3,95
São Paulo 1885,33 851,24 0,24 3,66 3,91
Região Sul 1906,57 911,91 0,26 3,48 3,74
Paraná 1913,78 915,15 0,38 4,89 5,29
Santa Catarina 2027,09 1097,49 0,31 2,00 2,14
Rio Grande do Sul 1778,27 806,91 -0,03 2,52 2,69
Região Centro-Oeste 1795,33 916,24 0,10 2,28 3,20
Mato Grosso do Sul 1737,50 817,29 -0,22 2,11 2,29
Mato Grosso 1845,92 1052,81 0,24 2,45 4,89
Goiás 1754,52 926,76 0,25 2,66 2,86
Distrito Federal 1824,24 805,78 -0,07 1,77
2,12

SINAPI em novembro de 2024 sem desoneração da folha de pagamento

Áreas Geográficas Custos Médios Números Índices Variações Percentuais
R$/m² Jun/94=100 Mensal No ano 12 meses
Brasil 1902,88 951,55 0,23 3,81 4,08
Região Norte
1961,89 977,65 0,14 4,60 4,91
Rondônia 2104,73 1173,44 0,60 9,02 9,30
Acre 2076,76 1102,36 0,38 4,89 4,95
Amazonas 1937,40 948,72 0,06 2,03 2,39
Roraima 2110,66 876,43 0,39 6,15 7,09
Pará 1926,36 923,49 0,06 5,11 5,46
Amapá 1883,97 915,25 0,27 4,92 4,85
Tocantins 1993,33 1048,41 -0,15 4,34 4,39
Região Nordeste 1763,40 952,42 0,21 3,94 4,17
Maranhão 1835,89 967,45 0,18 4,69 5,07
Piauí 1761,65 1170,70 0,40 2,94 5,68
Ceará 1761,21 1016,78 0,04 5,18 5,36
Rio Grande do Norte 1785,60 899,80 0,44 4,12 4,52
Paraíba 1830,15 1011,89 0,48 4,51 4,60
Pernambuco 1701,01 909,71 0,20 2,15 2,08
Alagoas 1700,35 849,72 0,49 2,58 2,64
Sergipe 1688,65 897,46 0,04 4,22 4,72
Bahia 1765,33 933,65 0,16 4,17 4,10
Região Sudeste 1958,87 937,17 0,28 3,93 4,08
Minas Gerais 1788,77 983,89 0,48 4,48 4,56
Espírito Santo 1731,06 960,46 0,66 3,26 3,15
Rio de Janeiro 2110,18 962,43 0,10 3,97 4,00
São Paulo 2018,97 911,78 0,23 3,70 3,94
Região Sul 2037,99 974,59 0,25 3,68 3,91
Paraná 2049,60 980,04 0,35 5,10 5,48
Santa Catarina 2171,58 1176,15 0,33 2,31 2,36
Rio Grande do Sul 1889,76 857,98 -0,03 2,65 2,80
Região Centro-Oeste 1906,15 972,86 0,08 2,35 3,32
Mato Grosso do Sul 1846,17 867,77 -0,21 2,29 2,46
Mato Grosso 1954,85 1115,33 0,18 2,29 4,96
Goiás 1866,90 985,26 0,24 2,84 3,01
Distrito Federal 1936,93 855,73 -0,07 1,88 2,22

Por que o SINAPI é tão importante?

Produção conjunta do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Caixa Econômica Federal, o SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) foi criado em 1969. O objetivo era a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada, com abrangência nacional, para apoiar a elaboração e a avaliação de orçamentos, como também o acompanhamento de custos.

Hoje, o SINAPI é a principal tabela de referência para composições e preços de serviços e atividades de obras públicas e privadas no Brasil.

As séries mensais de custos e índices de custos referem-se ao valor do metro quadrado de uma construção no canteiro de obras. Elas não contemplam as despesas com projetos em geral, licenças, seguros, instalações provisórias, depreciações dos equipamentos, compra de terreno, administração, financiamento e aquisição de equipamentos.

As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.

INCC-M

Além do SINAPI, outro importante indicador de custos do setor é o INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção), aferido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Assim como o custo por metro quadrado da construção determinado pelo IBGE, o INCC-M acompanha a evolução dos preços de materiais, serviços e mão de obra destinados à construção de residências. Ele é calculado em sete capitais — Brasília, Recife, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Como ficou o INCC-M em novembro?

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) aumentou 0,44% em novembro de 2024, número abaixo da variação de 0,67% observada em outubro.

Assim, o INCC-M acumula alta de 6,08% em 12 meses. A título de comparação, em novembro de 2023 o aumento observado no intervalo de 12 meses era de 3,33%.

Segundo o indicador, em novembro, o custo com a mão de obra cresceu 0,54%, ante 0,60% em outubro.

Já o custo com materiais, equipamentos e serviços avançou 0,37% em novembro, após alta de 0,72% em outubro.

Gráfico demonstrando a variação do acumulado do INCC em 12 meses.O INCC-M acumula alta de 6,08% em 12 meses

Dentro do grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a categoria de Materiais e Equipamentos registrou aumento de 0,40% em novembro, marcando um incremento menor em relação à taxa de 0,72% vista em outubro. De acordo com a FGV, o movimento reflete uma tendência de desaceleração nos preços desses insumos, crucial para a execução de projetos de construção.

Ainda nessa categoria, dois dos quatro subgrupos exibiram recuo em suas taxas de variação. O principal destaque foi para “materiais para estrutura”, que viu sua taxa diminuir de 1,04% para 0,42%.

Na variação relativa a Serviços, observou-se um declínio significativo, que passou de 0,70% em outubro para 0,09% em novembro. Esta desaceleração foi reflexo no item “conta de energia”, que viu sua taxa passar de 4,96% para -3,42%.

Salvador, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo experimentaram desaceleração em suas taxas de variação, refletindo uma redução nos custos de construção nessas localidades.

Por outro lado, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre observaram aumento em suas taxas de variação, o que sugere uma alta relativa nos custos de construção nessas cidades.

CUB

Índices como o INCC e o SINAPI são fundamentais para os orçamentistas calcularem o custo da construção.

Além desses dois indicadores, outra referência importante para apoiar a estimativa de valores é o Custo Unitário Básico (CUB), calculado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de cada região, com base nos preços de produtos e serviços relacionados à atividade.

O CUB reflete a variação dos custos das construtoras. Além de ser um importante termômetro na variação dos custos de mão de obra e serviços, ele é de uso obrigatório nos registros de incorporação dos empreendimentos imobiliários.

O preço básico é determinado por metro quadrado e a apuração dos valores é feita segundo os projetos-padrões de referência.

 

Fonte: AECweb – Por Juliana Nakamura – 11/12/2024

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